Dr. em Teologia da Religião, Filosofia Cristã, Escatologia e Mestrado em Seitas e Religiões

Minha foto
Bauru, Região Centro Oeste - São Paulo, Brazil
Sou apenas um servo de Deus, a serviço exclusivo do Rei Jesus

Seguidores

Os Chamados e os Escolhidos



Deus é extremamente imparcial. Não tem preferências. Não faz acepção de pessoas; ou seja, Ele não tem amizade preferente por alguém e não dá mais atenção à determinada classe de pessoas devido aos seus títulos ou privilégio sociais (At 10.34). A verdade é que Deus não tem filhos prediletos. Ele não abençoa um mais do que os outros. O problema da preferência não está em Deus, mas nos seus filhos, nos homens de modo geral, principalmente entre os não-regenerados.

I – Características dos chamados

“A graça é universal, e é oferecida a todos”. O Senhor Deus “deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” ( 1Tm 2.4).

a) Não nasceram de novo (Jo 3.3-7)

- Trata-se do homem natural, que se deixa mover apenas por seus sentidos, emoções e razão.

b) Sufocam-se com o mundo (Mt 13.7)

- Os chamados invertem os valores; ou sejam, priorizam mais o material que o espiritual (Mt 6.33)

- Seu cuidado demasiado com as coisas do mundo abafa e sufoca o testemunho da Palavra de Deus em seu coração. Como exemplo, o jovem rico de Mateus 19.21,22.

c) Orgulho religioso

- Os chamados resistem a mudanças de conceito que a vida cristã exige e sobretudo, sua mudança de vida.

- Têm dificuldade de reconhecer seu real estado de pecaminosidade e carência de Jesus Cristo.

d) Quem são os chamados afinal?

- São todos aqueles que ouvem a Palavra e exercem o livre-arbítrio, mas de forma não condizente com a Bíblia.

II – Características dos escolhidos

“Os escolhidos são aqueles que se destacam dentre os chamados”

a) Mudam de caminho (MT 7.13,14)

- “Entrai pela porta estreita... e são poucos os que acertam por ela”.

- São obedientes, procuram trilhar o caminho do ensino do evangelho.

b) Constroem sobre a rocha (Mt 7.24,25)

- Os escolhidos são praticantes da Palavra, e não meros ouvintes.

- Desprezam as tradições, os ritos, as fantasias, os dogmas e as demais bases religiosas, como a utopia, a ficção e as lendas (1Tm 4.7).

- Apegam-se na prática, às verdades do evangelho de Cristo Jesus (Tg 1.22).

c) Renunciam o mundo

- Os escolhidos estão crucificados com Cristo (Gl 2.20); ou seja, mortificaram a carne, a sua velha natureza.

- Não se identificam mais com o mundo que, neste caso, são os valores transitórios do pecado e tudo aquilo que não glorifica a Deus (Jo 17.16).

d) Produzem muitos frutos (Jo 15.5)

- Ganham almas para Cristo.

- Realizam boas obras ( amor cristão ).

- Estão em contato com a água viva, e exatamente por isso produzem frutos (Sl 1.3). É boa terra (receptivos). Morreram para a velha vida (como acontece com os grãos de trigo – Jo 12.24), e não rejeitam a poda (admoestação) Jo 15.2.

Conclusão

Segundo Jesus, os escolhidos são aqueles que possuem a “justiça”, as vestes espirituais ou nupciais (vv. 11 e 12). A justiça aceitável a Deus é aquela conquistada por Jesus no Calvário, a qual o crente se apropria dela pela fé em Cristo. Essa justiça é uma verdadeira cobertura espiritual (Rm 5.8; 9).

Pesquisar este blog

sábado, 13 de junho de 2009

Oração persistente, oração respondida.


Oração persistente, oração respondida.

(Lc 11.5-8)

Introdução

O evangelho de Lucas é identificado como o evangelho da oração. Na parábola do amigo importuno destaca-se a persistência na oração. Podemos acentuar nessa passagem pelo menos três lições sobre oração: 1) Deus deseja que oremos (veja o contexto da parábola: a - oração dominical, b – Jesus incita os discípulos a orar) não apenas por nós, mas também pelo próximo. 2) Muitas vezes tal intercessão requer ousadia (veja o exemplo da parábola do juiz iníquo – Lc 18.1-8). 3) Tal ousadia é do agrado de Deus: “portanto, irmãos, tendo ousadia (intrepidez) para entrar no santo dos santos pelo sangue de Jesus” (Hb 10.19).

I – Amigo, empresta-me três pães.

a) “Amigo” (Deus é identificado como o amigo da parábola).

- Algumas vezes o homem também é chamado de amigo de Deus (Abraão é um desses exemplos: 2Cr 20.7),

b) Qual é a revelação da palavra amiga em relação a Deus?

- Uma amizade que permite intimidade, por meio da qual compartilhamos nossas necessidades com confiança e sem rodeios.

- Moisés também foi amigo de Deus, a ponto de o Senhor lhe falar “face a face”.

Deus falava com Moisés “boca a boca”, e não apenas por sonhos, visões ou profecias. A conversa entre Deus e Moisés era direta.

- Em João 15.15, Jesus afirmou que a marca do amigo (em oposição ao servo) é conhecer o propósito e o significado das ordens que lhe são dadas.

- Quem desenvolve verdadeira amizade e companheirismo com o Espírito Santo sabe como, o quê e quando pedir. Tudo que ele pede esta em conformidade com a Palavra de Deus. O amigo de Deus, além de saber pedir, sabe esperar.

c) “Empresta-me”.

Quem toma emprestado está obrigado a devolver, mas Deus, como nosso amigo, se compadece de nós e nos dá aquilo que lhe pedimos.

No contexto em estudo, três pessoas se destacam:

1. O hospedeiro (representando a igreja), que não tem nada de si mesmo para suprir as necessidades de seu hóspede.

2. O vizinho amigo (representando Deus), que tem tudo em abundância.

3. E o hóspede (representando o pecador), que foi até o hospedeiro (a igreja) necessitado e faminto.

d) “Três pães”.

- Esses três pães representam a provisão da Palavra. Jesus é o pão da vida.

- Aquele que vem a igreja está faminto, sedento, “anda à noite” (trevas, mundo, tribulação) e não tem nada; e nem pode ter. Somente a igreja pode levar essa pessoa a Cristo. O Filho de Deus é a água da vida, a luz do mundo, “o pão vivo que desceu do céu”.

Conclusão

“Todavia, o fará por causa da importunação” (v.8). O que é importunação? É o mesmo que insistência, incômodo. Literalmente, é a “falta de envergonhar-se”. A persistência é mais bem ilustrada no verso 9, através das palavras pedir, buscar e bater. No grego, estas palavras estão no imperativo presente, indicando que devemos continuar pedindo, buscando e batendo, pois a oração deve ter resultado seguro: “lhes dará tudo”. Em outras palavras, precisamos orar até recebermos.

Nenhum comentário: